top of page

Assédio não é brincadeira: psicólogo orienta como lidar emocionalmente com a situação no Carnaval

  • Foto do escritor: O Canal da Lili
    O Canal da Lili
  • 2 de mar.
  • 2 min de leitura

Conhecido por sua alegria, energia contagiante e multidões, o Carnaval é uma das maiores e mais esperadas festas do País. Mas, infelizmente, pode se tornar um trauma para muitos devido às situações de assédio. Saber como agir e buscar ajuda é essencial para manter a segurança e a saúde mental durante a folia. Murilo Alfaix, professor de Psicologia da Una Jataí, esclarece os impactos do assédio e as melhores formas de enfrentá-lo.

Vítimas de assédio podem enfrentar sérias consequências emocionais, como transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade generalizada, depressão e isolamento social. “O assédio afeta não só o momento presente, mas também pode gerar prejuízos sociais e ocupacionais, além de sofrimento significativo”, explica o professor.




Não existe uma reação emocional padrão ao assédio, já que cada pessoa responde de forma diferente. Alfaix sugere que, sempre que possível, a vítima busque apoio imediato com amigos ou pessoas próximas e registre o ocorrido nas DEAMs - Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher. “A denúncia é uma forma de ampliação dos cuidados e ajuda no processo de superação”, reforça o psicólogo.

Quando alguém próximo sofre assédio, o apoio sem julgamentos é crucial. Escutar, oferecer suporte emocional e incentivar a denúncia são atitudes essenciais. “Servir de suporte emocional, nem que seja apenas para desabafar, ajuda a vítima a lidar com os sentimentos de culpa ou vergonha, que são comuns devido à cultura patriarcal”, enfatiza o psicólogo.


Contar com uma rede de apoio sólida pode fortalecer emocionalmente a vítima e ajudá-la a enfrentar novos desafios, como voltar a frequentar festas e multidões. Estar em grupo é uma estratégia importante para a segurança. “É fundamental levar em consideração a máxima: 'meu corpo, minhas regras'. O corpo é um espaço sagrado e ninguém tem o direito de tocá-lo sem consentimento”, reforça Alfaix.

Além disso, buscar apoio psicológico é vital para superar os impactos do assédio e retomar a confiança. “Receber suporte psicológico é fundamental para a adaptação a novas situações. Atualmente, há atendimentos psicológicos disponíveis nas Clínicas-Escola de Psicologia da Una, entre outras opções”, afirma.

A constante exposição a relatos de assédio pode gerar ansiedade e medo. Segundo Alfaix, é importante evitar a generalização das notícias e manter uma visão crítica. Ele aconselha que “o ideal não é fugir das informações, mas usá-las como alerta e buscar entender que uma notícia específica não define todas as situações”.


Denunciar e falar sobre o ocorrido são passos importantes para o processo de superação e para garantir que o assediador responda por seus atos. Criar uma rede de apoio mútua e buscar ajuda profissional são ferramentas poderosas para atravessar situações difíceis e manter o foco na saúde emocional e no bem-estar.

Comentarios


  • Facebook Clean
  • Instagram Clean
  • White YouTube Icon
bottom of page