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Bebel diz que governador e secretário estadual da Educação destroem o ensino médio


A deputada Professora Bebel acusa o governo de São Paulo de não ter dado apoio aos professores para as aulas remotas - Imagem: Divulgação

Em suas redes sociais, a deputada estadual Professora Bebel (PT) reproduziu o editorial do jornal Folha de São Paulo, “Desastre educacional - Exame paulista evidencia efeito devastador da pandemia e urgência de recuperação”, que aborda o grande retrocesso na aprendizagem dos estudantes do ensino médio na rede estadual de ensino estabelecido pelo governador João Doria e pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. Bebel, que é presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino do Estado de São Paulo), enfatiza que os resultados da avaliação do Saresp, aos quais se refere o editorial da Folha, refletem o abandono de que foram vítimas estudantes e professores durante a pandemia, o que foi apontado nos dados da pesquisa que o Instituto Vox Populi realizou para a Apeoesp, divulgados em julho de 2021.



No editorial, o jornal Folha de São Paulo diz que os resultados da prova, aplicada em dezembro a cerca de 640 mil alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio da rede estadual, evidenciam que crianças e jovens não só não progrediram tanto quanto deveriam como tiveram retrocesso nas duas áreas avaliadas, língua portuguesa e matemática.


Segundo o jornal, ainda, os dados do Saresp, o exame que avalia as habilidades acadêmicas dos alunos da rede paulista, confirmaram as piores expectativas quanto aos impactos da pandemia no aprendizado. Como se esperava, o longuíssimo período sem aulas presenciais levou a um desastre educacional, a demandar ações urgentes do poder público.


A deputada conta que na pesquisa, a aparente contradição entre os alunos estudarem mais e aprenderem menos e os professores trabalharem mais e, ainda assim, a aprendizagem dos estudantes ser deficiente, “se explica pela falta de apoio da Secretaria da Educação, suas políticas educacionais equivocadas e a desigualdade no acesso a equipamentos e à banda larga para frequência às aulas e atividades remotas. Como aponta o editorial, é necessária uma política de recuperação, com uma série de medidas emergenciais que poderiam ser debatidas, mas nada é feito nesse sentido”, diz.


Além disso, Bebel reitera que o governador Doria e o secretário Rossieli vêm aplicando medidas que rebaixam a qualidade do ensino, culminando pela implementação do velho “novo” ensino médio, que não prepara os jovens para a continuidade dos estudos, para o mundo do trabalho nem para a vida.


A Professora Bebel aponta ainda que a pesquisa realizada pela Vox Populi, por solicitação da Apeoesp, apontou que professores, estudantes e pais não tiveram apoio do poder público para desenvolver as aulas remotas. Segundo a pesquisa, as aulas virtuais foram reprovadas pela comunidade escolar - professores (66,9%), pais (74,7%) e alunos (73,9%), mas, mesmo assim, 85,6% dos professores, 81,8% dos pais e 76,1% dos alunos têm medo da contaminação pela Covid-19 no retorno precipitado às aulas presenciais.


Já para os professores, houve mais trabalho, segundo 49,2% dos entrevistados, chegando a jornadas de até 10 horas. Em contrapartida, os alunos estudaram menos segundo os pais (87,3%), o que foi confirmado pelos estudantes do ensino médio: 84,1% declaram ter se dedicado menos às aulas virtuais. Na média, os pais afirmam que seus filhos estudaram apenas 2,5 horas por dia.


“O estudo demonstrou que a falta de apoio do governo estadual foi a responsável por essa aparente contradição. Menos da metade dos professores teve treinamento mínimo para dar aulas pela internet e precisaram se reinventar para transmitir os conteúdos aos estudantes. O resultado foi uma jornada de trabalho maior, sem remuneração adequada – pois nossos salários estão congelados, quase 30% abaixo do piso salarial nacional - enquanto os estudantes, sem equipamento ou acesso à Internet, ficaram menos tempo em aula, com prejuízo claro à sua formação”, destaca a deputada Professora Bebel.


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