*Texto: Eliana Teixeira
É no primeiro dia da semana que tudo muda, que há um renascer de esperança no fôlego de vida soprado pelo Cristo que venceu os grilhões da morte. Não houve, não há e não haverá outro como Jesus, Rei dos reis, aquele que morreu como um cordeiro, ressuscitou como um leão e um dia voltará como juiz supremo, em dia e hora que só o Pai sabe.
“E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. E partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes, e chorando. E ouvindo eles que ele vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram”. (Marcos 16-9:11)
Jesus Cristo ter aparecido para Maria Madalena, a quem libertou de sete demônios – abro aqui um parênteses para dizer que o Evangelho é loucura para quem não compreende que a vida é tridimensional, que as coisas acontecem em regiões espirituais, além do plano físico –, comprova o quão transformada foi a vida dessa mulher ao ter um encontro com o Mestre. Maria Madalena tornou-se, como algumas outras mulheres naquele contexto histórico de mais de 2.024 atrás, seguidora de Jesus, mantenedora de seu ministério.
Quando o Galileu encontra alguém, é impossível tornar-se indiferente a esse encontro. A vida passa, literalmente, a ser antes de Cristo e depois de Cristo. E foi para Maria Madalena que, já como Cristo ressurreto, num corpo glorificado, ele apareceu. Pensa na alegria de Maria Madalena, ao correr para compartilhar com os outros discípulos que Jesus estava vivo, como ele mesmo havia dito que estaria ao terceiro dia após ter sido crucificado!
Mas os discípulos não acreditaram nela. Seria por ser uma mulher e não ter o mesmo crédito que um homem, considerando que a sociedade daquela época era totalmente patriarcal? Ou saber que Jesus ter vencido a morte era, ainda que tivessem sido discipulados a crer na vida eterna, algo demasiadamente impossível?
Vejo Jesus Cristo ensinando à sociedade daquela época e as demais que a sucederam, que o Reino não atua em convenções sociais, preconceitos, religiosidade, nem se restringe as possibilidades. E o Senhor dos senhores chega para quem ele quer, quando e onde quer. Não há barreiras que Jesus Cristo não derrube. Ele cumpre e cumprirá tudo o que disse, especialmente, ou primeiramente, àqueles que abrem seu coração quando ele bate à porta e o deixam entrar.
Maria Madalena abriu seu coração a Jesus, pregou o Evangelho junto ao Mestre durante os três anos nos quais ele exerceu seu ministério, acompanhou de longe com outras mulheres o momento da crucificação, observou o lugar onde o corpo foi colocado e foi com as demais ao túmulo no primeiro dia da semana para embalsamar o corpo do Galileu. Ela e um grupo de mulheres encontraram o sepulcro aberto, e Madalena a princípio pensou que o corpo do Mestre havia sido roubado. E saiu para chorar. É neste momento, que um anjo fala a ela sobre a ressurreição de Jesus.
“Então reparou que alguém estava atrás de si. Era Jesus, mas não o reconheceu. “Porque choras?”, perguntou ele. “Quem procuras?” Ela pensava que fosse o jardineiro: “Se foste tu que o levaste, mostra-me onde o puseste que eu vou buscá-lo.” “Maria!”, disse Jesus. Ela voltou-se para ele: “Raboni!”, que quer dizer: “Meu Mestre!”
Assim como em Maria Madalena, que Jesus sempre ocupe o lugar central em nossas vidas. A esse sim, podemos dizer: o amor venceu. Venceu a morte! Feliz Páscoa!
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