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Prática esportiva: especialista dá dicas para evitar o risco de lesões e de mal súbito


Exercícios físicos devem ser iniciados após avaliação e orientação profissional - Imagem: Pixabay

Muitas pessoas que não têm o hábito de fazer atividade física com regularidade elegem os fins de semana e as férias para praticá-la, mesmo sem ter preparo adequado ou passar por uma avaliação médica prévia. Algumas se arriscam a iniciar ou sair praticando esportes diversos e, ainda, a participar de competições e provas de diferentes modalidades -- a exemplo da corrida de São Silvestre, que tradicionalmente acontece no último dia do ano e reúne corredores amadores de várias partes do País.







Segundo Gabriel Pecchia, ortopedista especializado em trauma do esporte do Hospital Alemão Oswaldo Cruz,praticar atividade física esporádicas aumenta o risco de lesões e de mal súbito, já que o corpo não está preparado para um esforço acima do usual. “A primeira coisa que a pessoa deve fazer quando decide se exercitar é uma avaliação geral, de preferência multidisciplinar, para analisar as condições dos músculos, das articulações e do sistema cardiopulmonar, para saber se está realmente apta àquela prática esportiva”, explica o especialista.


O ortopedista acrescenta que é importante realizar um trabalho de base, independentemente do esporte escolhido, que possibilitará um preparo muscular e cardiorrespiratório, importantes para o bem-estar e para a obtenção de resultados do exercício físico. E para quem tem poucas oportunidades de praticá-lo, a recomendação é tentar incluir no dia a dia atividades de baixo impacto.


“Exercícios na água e bicicleta são boas opções, já que também trabalham a parte cardiorrespiratória e a musculatura, mas têm menos impacto do que uma corrida, por exemplo. Essas atividades fortalecem os músculos e ajudam a proteger as articulações, melhorando o rendimento físico, reduzindo o índice de lesões (musculares e ligamentares) e diminuindo a chance de sobrecarga”, aconselha.


Para os adeptos da corrida, sejam amadores ou profissionais, Pecchia reforça a importância de um bom preparo físico e de não extrapolar os limites do corpo. “A São Silvestre, por exemplo, é uma prova longa e exige que o corredor esteja preparado. Para fazer uma prova dessas é preciso preparo de, no mínimo, um ano da prática regular de exercício, com acompanhamento especializado. Não dá para decidir fazer “uma corridinha” e correr a São Silvestre”, explica o ortopedista.


O médico destaca ainda a importância de usar um tênis com amortecimento e adequado à pisada de cada indivíduo. Outro ponto fundamental para quem está começando é escolher um terreno regular, sem muitas inclinações e fazer a progressão do treino com planejamento e a ajuda de um profissional. Também não se esquecer da hidratação.


Pandemia

Ainda de acordo com Gabriel Pecchia, muitas pessoas que faziam atividade física, mas tiveram que parar por conta da pandemia da Covid-19, têm procurado o consultório já apresentando dores na volta à prática. Elas deixaram de se exercitar, perderam musculatura e, na hora que tentaram seguir, começaram a sentir dores. “O ideal para evitar esse tipo de problema é iniciar um trabalho de fortalecimento, antes de voltar à atividade. Essa retomada deve acontecer de forma progressiva e sem exageros. E em caso de dores, consulte um especialista. Também é válido procurar um profissional que possa graduar essa atividade, já que as dosagens e quantidades de exercícios são diferentes para cada pessoa. Mas é fundamental não deixar de praticar esporte, sempre respeitando os próprios limites”, orienta o ortopedista.


Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um centro hospitalar de grande porte e referência em alta complexidade. Em 2022, completou 125 anos oferecendo aos pacientes acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI), principal agência mundial de acreditação em saúde. Com corpo clínico renomado, formado por mais de 4,7 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país, o Hospital tem capacidade total instalada de 806 leitos, sendo 583 deles na saúde privada e 223 no âmbito público.

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